Corpo de pedreiro atropelado por subsecretário será sepultado em Niterói
Rio - O corpo do pedreiro Ermínio Cosme Pereira, de 56 anos, morto após ser atropelado em Niterói pelo subsecretário da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Alexandre Felipe, será enterrado às 11h desta segunda-feira, no cemitério de Itaipu, na Região Oceânica do município.
Segundo a família, o subsecretário foi quem arcou com as despesas com o funeral. Após confirmada a morte cerebral do pedreiro, assessores do político procuraram os parentes da vítima. Os familiares agora esperam o rigor nas investigações.

A vítima foi atropelada pelo subsecretário de Estado de Governo da Região Metropolitana, Alexandre Felipe Vieira Mendes, na quinta-feira a noite e estava internado no Hospital Estadual Azevedo Lima, no Fonseca, Zona Norte de Niterói.
O acidente
De acordo com testemunhas que não quiseram se identificar, por volta das 23h30 de quinta, o subsecretário teria saído de uma festa na casa de Marco Botelho, presidente da Fundação Instituto de Pesca do Rio de Janeiro (Fiperj), visivelmente alcoolizado. Alexandre Felipe integrou a Operação Lei Seca até fevereiro deste ano.

Um homem identificado apenas como Rodrigo, que seria funcionário de uma secretaria regional de Niterói, teria saído da festa, em um Honda Civic, pegado o Mitsubish do subsecretário e saído. Alexandre Felipe, por sua vez, deixou o local no Honda Civic. Rodrigo ainda teria tentado coagir bombeiros e policais militares a não divulgar o caso.
Feridos

Silvana chegou a ser levada para o hospital, mas foi liberada. Um jovem de 19 anos caminhava com mais quatro amigos e carregava sua bicicleta quando também foi atingido pelo carro desgovernado. O rapaz, que não quis se identificar por medo de represálias, apenas ralou a perna. "Ele não estava sóbrio. Ficava olhando para o céu sem falar coisa com coisa. Só dizia que estava errado".
Segundo a família, o subsecretário foi quem arcou com as despesas com o funeral. Após confirmada a morte cerebral do pedreiro, assessores do político procuraram os parentes da vítima. Os familiares agora esperam o rigor nas investigações.

Filho do pedreiro atropelado por subsecretário chora | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
Bastante abalado, o filho do pedreiro lamentou a morte do pai, que acredita que poderia ter sido evitada. "Se meu pai tivesse sido levado para o hospital no momento que aconteceu, ele poderia estar vivo", disse Geovanne Evangelista Pereira. A família autorizou a doação dos órgãos de Ermínio, que morreu neste sábado.A vítima foi atropelada pelo subsecretário de Estado de Governo da Região Metropolitana, Alexandre Felipe Vieira Mendes, na quinta-feira a noite e estava internado no Hospital Estadual Azevedo Lima, no Fonseca, Zona Norte de Niterói.
O acidente
De acordo com testemunhas que não quiseram se identificar, por volta das 23h30 de quinta, o subsecretário teria saído de uma festa na casa de Marco Botelho, presidente da Fundação Instituto de Pesca do Rio de Janeiro (Fiperj), visivelmente alcoolizado. Alexandre Felipe integrou a Operação Lei Seca até fevereiro deste ano.

Alexandre Felipe foi ouvido pelo delegado da 81ª DP (Itaipu) Carlos Alexandre Leite Justiniano | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Ainda segundo testemunhas, Alexandre Felipe, que guiava um Mitsubishi Pajero de cor preta, atropelou uma mãe com os dois filhos e fugiu sem prestar socorro. Em seguida, depois de 300 metros, ele atingiu mais duas pessoas, na Rua São Sebastião, e depois bateu num poste. O governo disse em nota que "cabe ao subsecretário responder como todo cidadão comum". O governo disse ainda que lamenta profundamente o ocorrido.Um homem identificado apenas como Rodrigo, que seria funcionário de uma secretaria regional de Niterói, teria saído da festa, em um Honda Civic, pegado o Mitsubish do subsecretário e saído. Alexandre Felipe, por sua vez, deixou o local no Honda Civic. Rodrigo ainda teria tentado coagir bombeiros e policais militares a não divulgar o caso.
Feridos

O Pajero LUL 3663, de Alexandre, atropelou as cinco pessoas e só parou ao bater num poste, que ficou torto com o impacto | Foto: Agência O Dia
Uma das vítimas, Silvana Braga de Souza, de 30 anos, contou que saía da casa da cunhada com os filhos Felipe, de 5, e Gabriel Braga de Souza, de 2, e estava em um carrinho de bebê. Ao ser atingida pelo veículo, ela desmaiou e bateu com a cabeça no chão. "Quando acordei, achei que meu filho estava na ferragem. Só vi o mais velho. Escutei o Gabriel pedindo socorro gritando desesperado. Tirei força não sei da onde para ajudá-lo. Acho que foi amor de mãe", disse Silvana, que retirou a criança de dentro do carrinho, que ficou destruído com o impacto.Silvana chegou a ser levada para o hospital, mas foi liberada. Um jovem de 19 anos caminhava com mais quatro amigos e carregava sua bicicleta quando também foi atingido pelo carro desgovernado. O rapaz, que não quis se identificar por medo de represálias, apenas ralou a perna. "Ele não estava sóbrio. Ficava olhando para o céu sem falar coisa com coisa. Só dizia que estava errado".
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